MENIBRAC MINISTÉRIO INFANTIL DA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO DO JD. CAIUBI

MENIBRAC MINISTÉRIO INFANTIL DA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO DO JD. CAIUBI
LEVANDO A MENSAGEM DA SALVAÇÃO AS CRIANÇAS

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Para Edificação do Professor: DEFESA DA FÉ 01

OS CRENTES COLOCADOS À PROVA NO TESTEMUNHO E NO PROCEDIMENTO — INSTRUÇÕES EM 1 PEDRO 3.13-17

Lição 1 – REVISITANDO A COMUNIDADE DE PEDRO

1.            INTRODUÇÃO
a.  Objetivo: dois trilhos: a palavra e a conduta; a pregação e a prática; obter instruções para a conduta correta dos cristãos quando submetidos à prova da perseguição, hostilidade, rejeição social e questionamentos quanto à fé cristã.
b.  Problemática: Os cristãos são chamados a viver de um modo que coloca em questão muitos valores da sociedade em redor, constituindo, em sua essência uma cultura própria. A conduta cristã pode provocar reações que vão da admiração à hostilidade, mas não a indiferença.
c.   Método exegético: revisitar a comunidade cristã constituída principalmente de gentios, em uma região fora da influência judaica, nos limites do império romano a fim de verificar os problemas que enfrentavam na nova fé que haviam abraçado e como as recomendações do apóstolo os ajudariam a enfrentá-las, especialmente em relação ao questionamento e a perseverança na prática do bem.
i.    Aproximar-se o mais possível da primeira comunidade destinatária da epístola.
ii.   Analisar palavra por palavra e verificar o sentido.
iii. Traçar o paralelo entre a comunidade de Pedro e a nossa, estabelecendo pontos de contato e lições para praticar.

2.            CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a.  Autor: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1.1)
b.  Destinatários: “aos eleitos que são forasteiros da Dispersão, no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1.1);
i.    Localização geográfica: províncias romanas que envolvem a quase toda a Ásia Menor, deixando de citar apenas as regiões de Lícia, Panfília e Cilícia, no extremo sul (HOLMER, 2008, p. 131).
ii.   Condição social: maioria dos crentes eram gentios convertidos (p.ex., 1.14, 18; 2.10; 4.3ss), embora houvesse judeus também.
(1)   “forasteiros da dispersão” (1.1)
(2)   “peregrinos e forasteiros” (2.11).
(3)   “tempo da vossa peregrinação” (1.17) sugere um sentido espiritual, parece que os cristãos eram, em sua maioria, pessoas simples.
(4)   Servos (2.18), mas não senhores: Elliott (citado por MUELLER, 1988, p. 29,30) acha que forasteiros e peregrinos devem ser entendidos como classes sociais, podendo ser traduzidas como “estrangeiros residentes” e “estrangeiros visitantes”, respectivamente.
(5)   dispersão ou diáspora (1.1), MUELLER (1988, p. 31) opina que deve ser entendida em relação a Babilônia (5.13), sendo ambos uma referência figurada ao cativeiro babilônico dos judeus.
iii. Pedro X Paulo: Pedro se dirigiu a igrejas fundadas por Paulo?
(1)   Paulo circulou ao sul da Ásia, na região mais ligada à Síria.
(2)   Não há nenhuma evidência interna que forneça razão para crer que Pedro tinha em vista as igrejas fundadas por Paulo.
(3)   A lista de Atos 2.10 inclui regiões da Ásia Menor e muitos peregrinos que ouviram o sermão de Pedro no Pentecoste eram dessa região e devem ter pregado o evangelho nas cidades.
c.  Proveniência
i.    Babilônia (5.13) sugere que Pedro e seus colaboradores Silvano e Marcos estavam juntos naquele lugar. MUELLER (1988, p. 34,35) diz que há três hipóteses para entender o que significa Babilônia:
(1)   citação literal referindo-se à cidade de Babilônia, mas não há nenhuma evidência de missão cristã naquela cidade, nem que o apóstolo Pedro tenha passado por lá;
(2)   uma cidade no nordeste do Egito, com esse mesmo nome, mas nesse caso, teria que haver alguma explicação adicional;
(3)   uso figurado para Roma, recurso comum no final do século 1 entre os cristãos  (como João faz em Ap 14.8; 16.19; 17.5; 18.2). Nesse caso, a epístola foi escrita de Roma, onde segundo fortes indícios da tradição, Pedro e Marcos estiveram.
d.  Data: depende diretamente da autoria da epístola.
i.    Se Pedro é o autor, então a redação da epístola pode ser datada nos anos 60 da era cristã, quando Pedro ainda estava vivo e, provavelmente, atuando em Roma, onde segundo a tradição, ele foi morto, em 67 A.D., durante a perseguição desencadeada por Nero (MUELLER, 1988, p. 34). HOLMER (2008, p. 132) diz que as referências dos pais apostólicos são importantes para a datação da epístola, estimando, então, que foi  escrita entre 60 e 65 A.D.. Ele defende que a referência a bispos em 5.1 é coerente com o uso primitivo deste cargo, pois ainda não era tão influente como se tornou depois.
ii.   Quem não aceita a autoria petrina, defende que a epístola foi redigida entre 65 e 80 A.D., como o fazem Golpett e Elliott (MUELLER, 1988, p. 34).
e.  Propósito: “exortar as igrejas da Ásia Menor e testemunhar ‘que essa é a verdadeira graça de Deus, na qual vos deveis inserir’” (HOLMER, 2008, p. 135).
i.    1º bloco — de 1.1 a 2.10 — mostrar a grandeza da redenção atual e futura e confirmar a fé dos crentes, a fim de que eles permaneçam fiéis ao Senhor, mesmo sob ameaças.
ii.   2º bloco — de 2.11 a 4.6 — orientar os cristãos a viverem a vida cotidiana segundo os princípios da fé cristã para que sejam aprovados como seguidores de Cristo em todas as situações.
iii. 3º bloco — de 4.7 a 5.14 — o objetivo é orientar os crentes em relação à igreja, mediante o exercício dos dons espirituais e relacionamento uns com os outros.


3.            PARA REFLETIR
a.  felicidade x fidelidade: o que traz verdadeira felicidade? O que satisfaz de verdade? Para responder, é necessário saber qual a necessidade real.

b.  infância x maturidade: “no mundo tereis aflições, mas tenham bom ânimo. Eu venci o mundo”  (Jo 16.33).

Nenhum comentário:

Postar um comentário